Selarón: homenagem ao povo brasileiro

 
📍Rua Manuel Carneiro, em Santa Teresa, RJ


No dia 10/12/2024, minha turma do IF de Nilópolis fez uma visita ao Parque das Ruínas (Parque Glória Maria). Foi uma aula-passeio incrível! A gente foi apresentado a Casa de Laurinda Santos Lobo e ainda viu uma exposição de arte que tava rolando por lá.

Depois da aula, decidimos ir embora descer pela escadaria. Foi uma baita surpresa pra mim, porque eu nunca tinha ido lá e sempre quis conhecer esse ponto turístico. Nesse dia, tive a sorte de visitar a famosa Escadaria Selarón com minha turma.

Chegar lá não foi tão fácil, a gente desceu um morro bem íngreme e, apesar de ser pertinho, o caminho era complicado por causa das ruas estreitas, do relevo acentuado e das calçadas pequenas. Mas quando finalmente chegamos, ficamos com a quantidade de gente! Tava muito quente e cheio de turistas tirando fotos e admirando a escadaria.

Enquanto descíamos os degraus, um artista se movia mostrando suas obras, que foram impressas nas páginas da revista. As artes eram incríveis, e naquele momento comecei a pensar muito no próprio Selarón, que vendia seus trabalhos para sobreviver. Dá pra sentir que a escadaria carrega um pouco da energia e da história dele.

Jorge Selarón nasceu no Chile em 1947 e faleceu no Rio em 2013. Ele era pintor e ceramista autodidata e viveu da sua arte, que foi ficando cada vez mais conhecido, principalmente com a chegada dos turistas. Quando a escadaria começou a aparecer em clipes de artistas famosos, ele chegou até a remover alguns azulejos e fez questão de deixar sua assinatura bem marcada: "Escadaria Selarón", garantindo que todo mundo soubesse que aquela obra era dele.

Com seus 215 degraus coloridos, a escadaria passou de simples ligação entre o Convento de Santa Teresa e a Lapa pra se tornar um dos pontos turísticos mais visitados do Rio. Mas, mais do que isso, ela é a prova da paixão e dedicação de Selarón, que encontrou no Rio um lar e uma tela perfeita pra sua arte.

Com um balde de cimento na mão, dinheiro do próprio bolso e muitos azulejos coloridos, ele começou o projeto para revitalizar aquela área, que estava bem degradada. Com o tempo, a reforma virou uma intervenção artística gigante, e muita gente começou até doar azulejos pra ele.

A Escadaria Selarón é uma obra de arte viva, cheia de amor pelo Brasil. Em vários azulejos, dá pra ver as homenagens que ele fez expressando seu carinho pelo país. Fiz questão de registrar esse amor numa foto e, vendo tanta gente visitando a escadaria, tenho certeza de que sua arte continua sendo admirada por cariocas e turistas. No fim das contas, Selarón segue vivo através de sua obra e de seu legado.

Foto que eu tirei:



Guilherme Quinelato:

Depois de visitar o Parque Glória Maria, minha turma decidiu descer até a Escadaria Selarón, um lugar que eu sempre ouvi falar muito bem, mas que, sendo sincero, não achei tão impressionante assim. O caminho até lá foi meio chato, com ruas estreitas e calçadas pequenas, e quando chegamos, o calor e a quantidade de turistas deixaram tudo ainda mais cansativo.

Claro, a história da escadaria e do próprio Selarón é interessante, e ver as artes de rua no local foi legal, mas eu esperava mais do ambiente em si. Talvez tenha sido a expectativa alta, mas, no geral, achei o espaço mais voltado para fotos do que para a experiência em si. Ainda assim, foi uma visita válida, principalmente por entender melhor o legado de Selarón.

Se eu voltaria? Talvez em um dia mais fresco e menos lotado, para aproveitar com mais calma. Mas, comparado ao Parque Glória Maria, onde tive uma experiência muito mais envolvente, a escadaria acabou ficando meio apagada para mim.


Daniella Olivera:

 Escadaria Selarón e o Acesso à Cultura para Quem Mora Longe do Centro

Recentemente, visitei a famosa Escadaria Selarón, no bairro da Lapa, e essa experiência me fez refletir sobre o acesso aos espaços turísticos e culturais, especialmente para quem vive mais afastado do centro do Rio de Janeiro. O dia foi bem cansativo. Eu e minhas amigas começamos a caminhada no Parque das Ruínas, conhecido também como Parque Glória Maria, e de lá seguimos até a escadaria.

O que mais me chamou a atenção, além das cores vibrantes dos azulejos e a beleza das obras, foi a quantidade de turistas, principalmente estrangeiros, circulando pelo local. O comércio em volta aproveitava o movimento para cobrar preços altos por alimentos e lembranças, o que é comum em pontos turísticos. Para economizar, tivemos que caminhar um pouco mais longe para encontrar comida a preços mais acessíveis.

Essa experiência me fez pensar sobre como a distância do centro urbano afeta o acesso a esses espaços culturais. Morar na Baixada Fluminense, por exemplo, dificulta as visitas a esses lugares, tornando-as menos frequentes, muitas vezes limitadas a situações de trabalho ou eventos específicos. Além disso, o custo elevado de transporte e alimentação em áreas turísticas torna ainda mais difícil para muitos jovens da Baixada frequentarem esses espaços e desenvolverem um olhar crítico sobre eles.

Lugares como a Escadaria Selarón são ricos em cultura e história, mas, para pessoas como eu, que vivem longe dos grandes centros, o acesso é muito mais complicado. Esse distanciamento não só físico, mas também econômico, acaba dificultando o desenvolvimento de uma relação mais profunda e crítica com a cultura da cidade.

Essa visita me trouxe uma importante reflexão sobre como é necessário pensar em formas de democratizar o acesso à cultura, seja por meio de políticas públicas ou de iniciativas que permitam que todos possam usufruir dessas riquezas culturais de forma mais acessível.

Biografia/referência:

RIO MEMÓRIAS . Escadaria Selarón . Disponível em: https://riomemorias.com.br/memoria/escadaria-selaron/ . Acesso em: 05 fev. 2025.

SELARÓN – PEDAÇOS DO MUNDO . Quem foi Selarón? . Disponível em: https://selaronpedacosdomundo.com.br/quem-foi-selaron/ . Acesso em: 05 fev. 2025.

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